SINDICATO DOS COMERCIÁRIOS E VIGILÂNCIA SANITÁRIA FARÃO AÇÕES CONJUNTAS

A diretoria do Sindicato se reuniu na manhã desta segunda-feira (10/4) com representantes do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde e à Vigilância Sanitária Municipal. Foram combinadas ações conjuntas para fiscalizar as condições de saúde do comerciários cariocas, sobretudo quanto ao impacto do trabalho sobre a saúde física e mental desses trabalhadores.

A partir de maio a força-tarefa Cerest-Sindicato vai começar a “visitar” de surpresa as lojas do Rio. As ações poderão, inclusive, interromper as atividades nas lojas em que seja verificado risco iminente ou naquelas em que tenham ocorrido graves danos à saúde do trabalhador. “As batidas vão começar pelos supermercados, empresas campeãs de reclamações por descumprimento das normas de saúde e segurança, mas vamos chegar às lojas de shoppings e do comércio de rua”, comentou a vice-presidenta do Sindicato, Alexsandra Nogueira.

O Setor de Denúncias do Sindicato já tinha por procedimento encaminhar à Vigilância e outros órgãos especializados os casos de descumprimento da CLT e das normas regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho. A parceria com o sistema de saúde do trabalhador da Prefeitura, no entanto, tende a tornar mais curto, rápido e efetivo o caminho entre a denúncia e a resolução do problema. Principalmente porque a Vigilância tem poder de polícia para autuar e multar as empresas. A força-tarefa tem respaldo na Constituição Estadual que diz, no seu art. 291, que o Poder Público deverá “desenvolver ações visando à saúde e segurança do trabalhador, integrando sindicatos e associações técnicas, compreendendo  a fiscalização”.

Sintomas da exploração – “A parceria surgiu a partir da enorme quantidade de denúncias. A maior parte das doenças e acidentes de trabalho está relacionada à exploração extrema da força de trabalho, principalmente durante as jornadas prolongadas ou quando o funcionário está em desvio de função. Um exemplo acontece quando o vendedor é obrigado a descarregar o caminhão da firma, no final de uma jornada desgastante e ainda por cima sem os EPIs (equipamentos de proteção individual). Nas fiscalizações vamos verificar esses aspectos e vários outros”, explicou o diretor sindical Alessandro Furtado.

Como você pode ver, o Sindicato é fundamental porque representa os interesses das trabalhadoras e trabalhadores. Sem ele é praticamente impossível enfrentar os abusos dos patrões e conquistar mais direitos.